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Recentemente eu me desafiei a ler um pequeno livro introdutório sobre finanças pessoais para leigos que eu já tinha adquirido. Eu coloquei como desafio pois eu tinha aquele sentimento de que o livro não apresentaria nada de novo.
O livro tinha um pouco mais de 140 páginas e me tomaria pouco menos de uma semana para ler e eu queria confirmar se tinha alguma coisa nova. Afinal de contas o meu maior desafio aqui é ler o máximo de livros e conteúdos sobre o assunto de finanças pessoais atrás de ideias para colocar em prática.
Minha experiência nesta jornada mostra que sempre tem alguma coisa útil nos livros. Na verdade, muitos destes livros comerciais só têm mesmo uma única grande ideia que poderia ser entregue em apenas um único capítulo ou até mesmo em um artigo para internet. O resto das páginas é só encheção de linguiça para justificar o valor cobrado pelo livro.
O livreto traz além de um método para criação de riqueza, um joguinho simples, que na prática é uma brincadeira que ajuda a refletir sobre hábitos e atitudes do dia-a-dia que pode te levar a pobreza.
Jogo criando pobreza
Eu já iniciei uma série de textos fazendo reflexões mais profundas sobre decisões que traduzem em momentos de criação de pobreza.
Este jogo tem como objetivo ajudar a identificar alguns destes momentos em que a falta de consciência e domínio financeiro atrapalha muito a construção de um patrimônio sólido.
É bem simples, leia cada situação abaixo e some um ponto toda vez que a carapuça servir.
- No restaurante, já escolhi a porção grande só porque a diferença de preço em relação à meia porção era muito pequena.
- Tomei multas de trânsito nos últimos 24 meses.
- Nos últimos doze meses, paguei multa por atraso no pagamento de contas, como condomínio, IPTU, IPVA e fatura do cartão de crédito.
- Não pago o IPVA e/ou IPTU à vista, pois acho que o desconto é muito pequeno.
- Fiquei com preguiça de ir ao supermercado ou pesquisar preços e paguei mais caro pelos produtos comprando em uma loja/padaria careira.
- Comprei roupas, sapatos ou outros itens de vestuário que nem cheguei a usar.
- Nos últimos doze meses, comprei livros que não cheguei a ler.
- Paguei academia e não frequentei.
- Tenho dinheiro aplicado na poupança.
- Invisto naquele título de capitalização que o gerente sempre me oferece.
- Paguei seguro do cartão de crédito (ou outro serviço extra desnecessário cobrado pelo banco) por preguiça de ligar para reclamar da cobrança indevida.
- Tenho roupas boas que não uso.
- Deixei de usar cupons de descontos em lojas e restaurantes por vergonha.
- Minhas dívidas superam 30% da minha disponibilidade de crédito, ou seja, tenho uma “taxa de utilização” maior que 30%.
- Pago por uma cesta de serviços na minha conta corrente que nem uso, pois movimento a conta só pela internet.
- Regularmente tenho que jogar produtos vencido fora, pois comprei e esqueci de usar.
Sugiro acrescentar outros momentos de deslize que não foram listados aqui, caso você lembre de mais algum. Some mais um ponto para cada novo item.
Resultado
- 0 a 3 pontos: Se você somou até três pontos, parabéns. Você comete alguns deslizes, mas já consegue evitar outros. Dedique ao menos uma hora por semana às suas finanças pessoais.
- 4 a 10 pontos: Se você somou entre quatro e dez pontos, precisa começar a mudar seus hábitos para que tenha uma vida financeira saudável. Dedique ao menos duas horas por semana às suas finanças pessoais.
- Mais de 10 pontos: Se você somou mais de dez pontos, já sabe que está encrencado, não é mesmo? Dedique ao menos três horas por semana às suas finanças pessoais.
Eu fiz 3 pontos e quantos você fez? O mais importante para mim desta brincadeira é provocar a nossa atenção para hábitos que simplesmente passam despercebidos. Recomendo acompanhar os textos da série Fique Pobre para entender o impacto que pequenas decisões podem ocasionar em nossas finanças.