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Confira abaixo bate papo do Elifázio, do Carlos Eduardo com o Bruce Bianchini Batista no podcast Sankhya Conecta sobre os impactos do novo coronavírus.
Você pode escutar pelo Spotify, Deezer ou qualquer outro app de podcast. Se preferir, confira o bate papo em texto logo em seguida.
Bruce: Olá seja bem-vindo a mais um episódio do Sankhya Conecta.
Meu nome é Bruce Bianchini e serei seu host nesse episódio. Hoje nós vamos falar dos impactos do novo coronavírus para o seu negócio e para os seus investimentos. E para falar sobre esse assunto, nós convidamos Carlos Eduardo Rodrigues, que é líder de projetos no Bradesco e Elifázio Bernardes que é engenheiro de software também no Bradesco.
Juntos eles trabalham no blog Guímel Educação Financeira, que é um site dedicado a compartilhar conhecimentos e experiências relacionados à educação financeira.
Bem, se você vive no planeta Terra você já sabe sobre a crise que estamos enfrentando diante do novo coronavírus, mas você já parou para pensar nos impactos que essa crise pode provocar no seu negócio e nos seus investimentos? Fique com a gente e faça essa reflexão.
Bruce: Bem pessoal, dessa vez também em função do novo coronavírus a nossa conversa vai ser em formato um pouquinho diferente. Eu estou falando aqui com o Carlos e com Elifázio através de uma chamada no Hangouts, então desde já muito obrigado por aceitar o nosso convite e por estarem aqui comigo hoje.
Carlos Eduardo: Boa tarde Bruce. Boa tarde Elifázio. É um prazer estar aqui com você Bruce e espero fazer um bom bate-papo aí com você e que os ouvintes possam gostar.
Elifázio: Bom dia boa tarde boa noite meu nome é Elifázio e eu agradeço o convite Bruce por estar aqui com vocês, eu sou amante e ouvinte de Podcast e estou bastante ansioso para poder participar aqui com vocês no Sankhya Conecta
Bruce: É isso aí sejam bem-vindos, então eu vou começar a direcionando a minha primeira pergunta para o Elifázio. Conta pra gente Elifázio, qual é a sua percepção sobre os impactos dessa crise no mercado financeiro? Nós estamos vendo a queda na bolsa e o dólar nas alturas por exemplo.
Elifázio: Bom, eu vou até utilizar uma frase que muitos analistas e comentaristas de economia “tá” utilizando ultimamente, que é vamos colocar as coisas em perspectiva só para situar todo mundo do que nós estamos tratando aqui.
Primeiramente as crises elas fazem parte do capitalismo, que vive de ciclos, que passa por momentos de otimismo e euforia e também por momentos de pessimismo e depressão. Mas esta crise, ela não é uma crise financeira e sim uma crise de saúde e tem impactos aí todos os aspectos da nossa vida em sociedade e com certeza afetou em cheio o mercado financeiro, que na verdade ele só antecipar os impactos que a gente vai ver na sociedade e na economia real.
O nível de queda e de aprofundamento que nós vimos, as perdas aí na bolsa ultimamente, ele foi tão intenso que tem analistas que “tá” comparando esta crise até com aquela crise que ocorreu em 1929, ou seja, não existe precedentes na história recente. Mas como 1929 “tá” muito longe, o que a gente lembra de mais recente é a crise de 2008, esta sim foi uma crise que originou no mercado financeiro.
Carlos Eduardo: Cara e eu poderia também acrescentar que a gente está vivenciando uma espécie de mini terceira guerra mundial.
Pode até parecer exagerado, mas realmente essa guerra é contra um inimigo invisível e é diferente de outras guerras tradicionais então por que que é diferente também porque outras epidemias mais recentes elas foram mais localizadas e essa realmente ela tá se espalhando muito pelo mundo principalmente também devido a questão das conexões hoje em dia entre os países e por a gente estar vivendo também um vivendo um tempo muito urbanizado.
E aí qual que é a discussão principal, é chegar num consenso no que é menos ruim e se seria um isolamento total, como está acontecendo aqui no Brasil e alguns outros países, ou se a gente focaria nos grupos de risco, então porque o fato, por exemplo, que eles chamam agora de “Lockdown”, que é um confinamento isso é uma coisa muito séria que pode trazer impactos profundos às vezes até maiores do que o próprio vírus.
Então isso ainda não é um consenso e hoje, por exemplo, no dia 24 de março de 1020 a gente teve a informação aí que o presidente norte-americano ele anunciou que estaria tirando a quarentena no Estados Unidos porque ele “tá” vendo que os estragos na economia é muito alto, então eu acho que é importante essa discussão e ainda não tem um consenso sobre isso e como impacto direto eu vejo a questão da interrupção “né” da demanda os mesmos produtos e serviços, transporte, alimentação fora de casa, varejo no geral Isso sim é uma coisa que preocupa bastante.
Bruce: Eu entendo. Essa questão do isolamento ela visa com certeza preservar as pessoas, né? Então colocam as pessoas em primeiro lugar, só que ao fazer isso e gerar um impacto muito profundo na economia você de certa forma também vai “tá” impactando essas pessoas.
E vocês citaram as crises de 1929, de 2008. A de 2008 é mais recente mas é um cenário muito diferente desse que nós estamos vivendo como você também disse, mas os impactos são parecidos ou por serem situações diferentes a gente pode esperar impactos também muito diferentes.
Elifázio: O Bruce existem semelhanças sim, mas a origem dessas crises elas são diferentes. Aqui nós já dissemos que nós estamos numa crise de saúde, né? com efeitos em toda sociedade, mas a crise de 2008, ela foi uma crise de origem no mercado financeiro, mas especificamente uma crise de crédito, ligado ao mercado imobiliário lá no Estados Unidos e agora esse fantasma da crise de crédito ele voltou a rondar novamente por conta do coronavírus, que vai potencializar essa crise a nível mundial e a crise de crédito ela pode provocar uma quebradeira generalizada em várias empresas.
Carlos Eduardo: é eu também acho que existe alguma semelhança Bruce e realmente com um potencial muito maior. A gente sabe que tanto os bancos centrais norte-americano, europeu e japonês principalmente desde 2008 eles vêm fazendo injeções “né” tanto na verdade na época já foi feito uma injeção de crédito muito grande para segurar quebradeira no risco de crédito e aí de lá para cá esses países têm adotado “né” taxa zero ou até mesmo taxa negativa e o que que acontece, isso incentiva os empresários a pegar dinheiro emprestado para montar seus negócios.
E aí só que a questão é que uma hora isso pode não se retroalimentar mais e chega uma hora que o consumo não continua na medida que as empresas estão pegando dinheiro e colocando em seus negócios um risco de quebradeira, então a questão agora é uma combinação entre uma queda muito violenta na demanda devido ao coronavírus, novo coronavírus e também a essa situação que já vem se arrastando há muitos anos desde 2008, que é juros negativo ou juros zero.
Bruce: E você disse da questão do crédito, mas tem muitos negócios que nem com crédito vão conseguir se manter que foram impactados muito diretamente muito rapidamente pela crise a gente tem visto por exemplo setor de entretenimento ou do comércio em geral que “tão” sendo impactado significativamente. Mas me diz aí, vocês tem visto negócios que estão sendo mais ou menos impactados ou que estão se preparando para essas perdas que estão por vir? e por outro lado também será que existe segmento que está imune a tudo isso?
Elifázio: Bom, no mercado de capitais não teve nenhuma empresa na bolsa que escapou das quedas bruscas que nós vimos recentemente, em média a bolsa caiu em torno de 40% sendo que algumas empresas foram até mais do que esses 40% do índice Bovespa.
Certamente tem setores aí que são mais sensíveis como o turismo que a gente viu empresas aéreas, empresas ligadas à venda de pacote de viagens caírem bruscamente. O comércio de forma geral também perde bastante aquelas empresas ligadas a produtos de alto valor, já que em situações como essa de grandes incerteza, tanto as pessoas como as empresas, elas adiam as decisões de compra.
Por exemplo, se você estava pensando na troca de um carro, provavelmente você vai deixar para depois e esse não é o momento. Se você ia financiar um imóvel, vai deixar para depois também, porque fazer dívida no momento de incerteza como “esta” não é uma coisa muito legal. E aí com isolamento social outros setores vão sendo afetados como de serviços, esse setor de serviço é muito sensível pois as perdas que a gente tem no setor de serviço elas não são recuperáveis, por exemplo: Se você deixou de fazer um corte de cabelo por conta desse isolamento, depois que a coisa se normalizar você não vai fazer dois cortes de cabelo. Então o que você perdeu ficou para trás.
Agora, por outro lado a gente tem setores que são mais resilientes, por exemplo: setores de energia aonde tanta a geração como a transmissão são contratos de longo prazo e isso não vai mudar. O setor farmacêutico e o setor de alimentos que “tá” ligado aí com produtos da nossa necessidade básica também não vai ser tão afetado. Outro setor que é utilidade pública né como a água e saneamento também é um setor que a gente acha que não vai ter muitos impactos.
Carlos Eduardo: Eu também poderia acrescentar nessa nossa conversa aqui pessoal uma informação também é importante também para falar poxa só tem informações negativas a gente tem que lembrar que as empresas brasileiras e o Brasil de maneira geral a gente “tá” vindo de uma crise muito forte, considerada nos últimos 100 anos a pior década.
Então, as empresas brasileiras já vinham se preparando, fazendo ajustes pelo menos aí há uns seis anos “tá”, então hoje se a gente puder considerar elas estão mais saudáveis, mas eu também não arriscaria dizer quanto tempo elas vão suportar essa parada, esse isolamento, porque a gente não sabe ainda o tamanho do Impacto “tá” que vai vir, mas com certeza são mais resilientes do que alguns anos atrás e o que a gente também pode afirmar é que as Micro e Pequenas Empresas elas vão ser mais afetadas com certeza.
Bruce: Certo, e essa é uma visão muito importante, né? a gente já manter essa essa visão positiva do nível de preparação que as empresas vem se submetendo nós trabalhamos numa empresa de gestão de negócio, cujo propósito é transformar a sociedade através da gestão e essa é uma informação que tem muito alinhado ao nosso propósito, né? que a gente tá fazendo o possível para que as empresas sejam cada vez mais bem preparadas para essas intempéries que podem aparecer.
Mas já que nós estamos nesse momento no meio da tormenta, Carlos. Qual dica que você dá para esses empresários principalmente os pequenos que você disse que podem ser mais impactados para que as suas operações não sejam tão impactadas nem os resultados?
Carlos Eduardo: Olha, para o empresário o momento é de revisar toda a saúde financeira do negócio dele e eu acho sim que ele tem que contar um cenário mais pessimista, coisa do tipo “é” eu consigo aguentar por exemplo 50% 70% de queda, em quanto tempo no faturamento, por exemplo, e aí considerando alguns cenários eu vou precisar de um capital emprestado ou eu ainda tenho um caixão suficiente para fazer o capital de giro, então a Caixa Econômica Federal anunciou há alguns dias atrás o corte pela metade dos juros aí, o juros mínimos para capital de giro para pequenos empresários.
Essa é uma informação importante “pra” quem nos ouvi e também para os empresário em geral. É outro ponto importante que eu destacaria é a questão da reinvenção do modelo de negócio “né” ou seja, até hoje eu sei que a gente sabe né que muitas empresas já estavam trabalhando com o digital, é…mas são perguntas que a gente tem que se fazer, que são essenciais, por exemplo, eu posso criar um novo canal de entrega de produtos e serviços se eu não tiver ou então eu posso melhorar.
A gente pode dar alguns exemplos também é… bem diferentes “né”.. “tão”, advogados podem fazer consultas online, os próprio bancos estão adotando massivamente o home-office que era uma coisa ainda pouco usado no Brasil, poucas empresas ainda usam home-office no Brasil eu também estaria a questão da comunicação no relacionamento com o cliente, então hoje a gente vê recomendações para não atender as pessoas nas empresas ou por exemplo nos bares e sim fazer um processo de entrega, fazer um processo de retirada.
Tudo isso é realmente vem provocar muitas mudanças aí na forma como a gente trabalha e aí como medida drástica também, o que está sendo muito discutido, é por exemplo adotar férias coletivas, diminuição da jornada do trabalho e isso em situações mais graves pessoal, porque a gente tem cenários que realmente vai ter que passar para partir “pra” esse tipo de adoção.
E também o que eu poderia destacar é a questão da renegociação. Com certeza vai haver muita renegociação de contratos no meio disso tudo que a gente “tá” passando, então todo mundo vai ter que ceder um pouco para que a gente saia lá na frente é vivos e mais fortes também com todo esse aprendizado, então para o empresariado eu destacaria isso..é olhar para o seu negócio e ver também que tipo de renegociação que ele pode fazer com seus fornecedores “tá” e por último também eu gostaria de acrescentar que o SEBRAE, ele “tá” com algumas instruções específicas para esse momento que a gente tá vivendo, que é esse impacto do novo coronavírus, então eu indicaria o site deles aí para o pessoal entrar e conferir.
Bruce: Então são iniciativas com uma tecnologia ou até usando lançando mão das iniciativas do governo né? para flexibilizar as regras trabalhistas ou iniciativas dos bancos para dilatar os prazos de contratos e os juros incidentes sobre esses contratos. Mais de qualquer forma isso já traz também uma visão otimista, né? que estamos todos nesse mesmo barco e todos compartilhando dessas iniciativas.
A gente tem recebido por exemplo na Sankhya feedbacks muito positivos que quem tem feito Home Office, várias equipes estão se apresentando mais produtivas em Home Office do que no trabalho devido ao volume de interrupções que é menor da quem consegue realmente criar o seu cantinho para manter o seu foco e o feedback tem sido muito positivo e às vezes já vai gerar uma reinvenção da forma de se trabalhar dentro do nosso próprio negócio. Isso deve “tá” acontecendo também com muitas empresas.
Mas de qualquer forma o impacto na economia para os negócios em geral tende a ser muito grande, apesar dessa visão otimista nós estamos vendo isso. E além da preocupação do empresário também tem muita gente, seja ela pessoa física ou jurídica preocupada também com seus investimentos, principalmente aqueles em ações como a gente falou que a queda na bolsa foi significativa e recentemente desde a última quarta-feira houve uma queda ainda mais expressiva e hoje dia 24 depois do anúncio do Trump que foi citado também teve uma recuperação expressiva.
A bolsa é muito sensível às iniciativas dos governos que dão essa projeção do futuro como vocês estão falando. Mas enfim, os investidores realmente precisam ficar preocupados ou quem investe na bolsa ou em qualquer outra forma de investimento de certa forma tá protegido?
Elifázio: Bom, para o investidor, principalmente o investidor de bolsa, do mercado de capitais, o momento de se proteger ele e já passou. O investidor deveria ter tomado as medidas para mitigar os riscos antes de chegar a crise. Utilizando de diversificação temporal que é aqueles aportes, né? ao longo do tempo. Diversificação setorial que é você distribuir os seus investimentos em vários setores da economia. Diversificação geográfica que é investir também em outros países mais seguro. Em outras moedas, moeda forte como dólar e em ativos clássicos de proteção com meu caso do ouro. Agora no meio do caos que está instaurado a ideia é de sobrevivência mesmo. É chegar lá no final disso tudo vivo e sem quebrar.
Só para você ter uma ideia do perrengue que algumas pessoas estão passando aí na bolsa de valores. A B3 triplicou o número de investidores nos últimos 10 anos e só em 2019 a valorização do índice Bovespa foi de 31,58%, ou seja, tem muita gente nova na bolsa que com certeza vai sair machucada desse processo.
Tem dois casos aqui emblemático, só para gente exemplificar.
Um de um Paulistano que perdeu R$ 100.000,00 na bolsa e ele sofreu uma parada cardíaca fulminante e faleceu.
E teve também o caso de um paranaense que perdeu R$ 250.000,00 de patrimônio da família fazendo trade na bolsa depois ele vendeu o próprio carro para tentar se manter ainda na ativa e acabou quebrando, agora ele tá fora do jogo.
Tem um fundo chamado Ponta Azul, que ele teve 5 bilhões de reais incinerados nessa queda brusca da bolsa e foi literalmente cuspido para fora do mercado.
Além de vários outros grandes gestores de investimentos que também tiveram perdas significativa em seus fundos, ou seja, ninguém escapou dessa queda.
Bruce: Certo, então muita gente já perdeu o dinheiro e agora a ideia é a recuperação é a sobrevivência, porque a gente viu a queda na bolsa e também nos preços das ações de muitas companhias principalmente desse universo aí de segmentos que a gente comentou. Mas como você também disse não existe segmento imune.
Mas, nessa hora de crise nessa hora que a gente tá no meio da tormenta muita gente vê aí oportunidade de ganhar dinheiro, é por aí mesmo? Existe alguma dica para essa pessoa que quer ganhar dinheiro em meio a tormenta?
Elifázio: Bruce, você já indicou até o caminho aí na sua pergunta. É por aí mesmo, mas a gente deve ter o máximo de cuidado já que o momento ainda é muito incerto. A bolsa de valores não gosta de incerteza, por isso que existe muita volatilidade no movimento dos preços que a gente tem observado ultimamente.
Mas, aquela pessoa que conseguiu chegar até esse momento com liquidez, ou seja, com dinheiro em caixa, ela tem que ficar atento porque é nas crises que surgem as grandes oportunidades, principalmente de multiplicação do capital investido e com certeza vai achar bons negócios e a preços bastante descontados.
Bruce: É verdade, eu sei, todos sabemos que o cenário ainda é muito nebuloso, que os efeitos na economia ainda não são todos conhecidos. Mas quais caminhos vocês estão enxergando como solução para os efeitos dessa crise na economia e nos negócios em geral?
Elifázio: Nossa, essa é a pergunta mais difícil de responder nesse momento. Pois como eu já até comentei um dos motivos da altíssima volatilidade que a gente tem visto na bolsa e nos vários circuit breakers que aconteceram, é por conta justamente da incerteza do momento.
Aqui nós podemos resgatar os aprendizados da crise de 2008, naquela ocasião os bancos fizeram muita injeção de capital na economia, né? para tentar salvar as empresas e mesmo assim é teve empresa que quebrou como é o caso do banco Lehman Brothers. Este Capital que as empresas utilizou como empréstimo, né? Endividou bastante as empresas que até nos dias atuais, ou seja, até recentemente muitas delas ainda não conseguiram quitar essas dívidas e o grande temor que paira agora é justamente essas empresas alavancadas, ou seja, cheia de dívidas quebrarem e carregar todo mundo para o buraco.
Dito isso, os bancos centrais de todo mundo juntamente com os governos, eles estão fazendo ações coordenadas na tentativa de salvar tanto as empresas quanto as pessoas, ou seja, a ideia salvar todo mundo. E assim que salvar essas pessoas com esse tanto de dinheiro que tá colocando na economia essa conta vai ficar para alguém pagar e são as gerações futuras que vão pagar essa conta.
Então o movimento que “tá” se desenhando como solução dessa crise é uma grande estatização dos negócios pelo mundo. Os governos estão imprimindo dinheiro né para comprar empresas se tornar sócio de outras e estão recomprando títulos de dívida massivamente até ações empresa, eles estão comprando, ou seja, a ideia é salvar todo mundo agora e depois lá na frente a gente vê como resolver os problemas decorrentes do momento.
Carlos Eduardo: Olham pensando no curto prazo e do ponto de vista microeconômico eu até acrescentaria que vai ter que focar bastante no crédito “pra” capital de giro “né”, como eu falei anteriormente para os pequenos negócios, porque hoje essas pessoas elas já têm muita dificuldade de acesso a crédito, então esse pessoal eles vão ficar sem faturar no período e se não houver um financiamento realmente pode ser que muitos quebrem e é uma escolha difícil tem que ser tomada hoje e a gente sabe que a maioria dos empregos ela é gerado por micro, pequenas e médias empresas.
E eu acrescentaria também como medida de médio e longo prazo que assim não tem outra saída “né”, o congresso juntamente com o governo eles vão precisar fazer as reformas que a gente tem tanto falado aí na mídia, que são principalmente as reformas administrativas e tributárias “pra” melhorar questão fiscal e aprovar também esses marcos regulatórios que tem sido discutido “né”, por exemplo como do saneamento, o ferroviário e tantos outros aí para tornar o país mais competitivo e mais livre para empreender também.
Bruce: Vamos aguardar aí as iniciativas dos nossos governantes para amenizar os impactos dessa crise momentâneamente e a gente correr atrás do prejuízo mais adiante e com esse cenário aí que ainda é imprevisível vocês tem alguma dica para deixar os nossos clientes?
Elifázio: que todo mundo pense no próximo, cuidando de si mesmo e dos seus entes queridos e também daquelas pessoas que você relaciona no trabalho com os amigos.
A expectativa que nós vamos ainda lidar com esse vírus por muito tempo até conseguir encontrar uma vacina e para os investidores o momento ainda requer calma a postura tem que ser conservadora, pois antes das coisas melhorarem elas ainda podem piorar bastante e eu tenho certeza que nós sairemos melhores lá na frente dessa experiência difícil que estamos passando.
Carlos Eduardo: A gente precisa ter muito controle emocional, a gente não pode se desesperar, precisamos realmente manter o controle, porque muita gente vai precisar de nós ou principalmente dos que têm influência maior na sociedade. Os mais vulneráveis vão precisar muito da gente.
É..eu entendo também que a gente vai passar por isso e a gente vai sair mais forte lá na frente, o que a gente tem que fazer é tirar isso tudo como lição que a gente tá vivendo e estamos melhor preparado para próxima crise, não só financeira, mas como como sociedade como ser humano mesmo “né”.
O que a gente “tá” vivendo é algo inédito “pra” maioria, coisas tão assim grandiosas “né”, e “tão” impactantes isso aconteceu há muitos anos atrás, onde uma maioria de nós “nem” tinha nascido e eu vejo assim é importante a gente aproveitar esse canal aqui para fazer um chamamento aí para a gente ser mais solidários uns com os outros e mais do que nunca ajudar de alguma forma “né”, seja através de uma palavra ou até mesmo financeiramente ou mesmo repensando como a gente está vivendo.
É hora de bastante reflexão e a gente tem que pensar novamente os pequenos negócios e a população mais vulnerável é os que mais vão sofrer, então a gente tem que priorizar estes, a gente comprar de pequenas lojas do bairro é uma alternativa interessante e ajudar quem precisa de acordo com que cada um pode dar.
Bruce: Muito bem, muita prudência antes de tomar qualquer decisão. E por falar em colaboração, em solidariedade, a gente realmente precisa priorizar o comércio local nesse momento de crise e também por falar nisso acho que vale reforçar a corrente “juntos por Uberlândia”, que foi encabeçada pelo Instituto Projeto de Vida, que “tá” sendo apoiado pela Sankhya. Essa iniciativa está arrecadando recursos para apoiar o sistema de saúde aqui na cidade nesse momento de crise. Se você quiser apoiar acesse www.juntosporuberlandia.com.br e veja mais detalhes e pode procurar que na sua cidade ou na sua região tenho certeza que também tem muita gente solidária se mobilizando. É isso aí e vocês então, podem deixar os seus dados de contato para os nossos ouvintes que ainda tiver quaisquer dúvidas?
Elifázio: Sim, claro, quem quiser entrar em contato comigo pode me procurar no Twitter, no Instagram e também no Linkedin é @elifazio em ambas as redes ou também no nosso site guimeleducacaofinanceira.com.br.
Carlos Eduardo: É…eu vocês também podem me procurar pelo meu nome completo, Carlos Eduardo Rodrigues Dutra, eu estou nas principais redes sociais, Linkedin, Instagram, Face. Pode me procurar lá que a gente vai estar a disposição aí para um bate-papo. Bom eu quero agradecer aí pelo convite, eu acho que primeiro parabenizar Bruce e a Sankhya pelo trabalho, o podcast é um canal que vem crescendo muito e com certeza vai contribuir bastante aí para o ecossistema aí de negócio, “pros” ouvintes e que tenha a vida longa ao trabalho de vocês. Muito obrigado aí pela participação.
Bruce: Muito obrigado então senhores mais uma vez por aceitar o nosso convite e como o Elifázio disse, fica também para você ouvinte o convite de acessar o blog da Guímel Educação Financeira no endereço guimeleducacaofinanceira.com.br, porque lá você vai encontrar muitos posts interessantes com dicas e também com oportunidades e obrigado também a você ouvinte pela sua companhia, não deixe de enviar suas dúvidas ou sugestões para [email protected], porque eu terei o maior prazer em te atender. Meu nome é Bruce Bianchini. Esse é o Sankhya Conecta.